sexta-feira, 2 de setembro de 2011


Você me provoca, você me perturba.
Joga água e sai correndo.
Atira a pedra e me acerta de raspão.
Me espia no escuro e mostra a língua.
Me xinga. Me atiça. Invade o meu sossego.
Meu refúgio. Pisa no meu ninho com os sapatos sujos.
Na minha toca. Sem saber o meu tamanho,
até onde vai meu bote, você me provoca achando que não há perigo.
Sem conhecer a força da minha mordida,
o tamanho dos caninos.
Você me provoca sem esperar a picada.
Sem saber que ainda não inventaram
antídoto pro meu tipo de veneno.

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